Caso de sucesso em São Tomé e Príncipe Programa “Cumé di Quinté Non."
De entre as actividades de sucesso, desenvolvidas pela FAO em São Tomé e Príncipe destacamos o programa denominado “Cumé di Quinté Non” (alimentos produzidos no nosso quintal), uma iniciativa da FAO, implementada com a colaboração do Ministério da Agricultura, Pescas e Desenvolvimento Rural, em resposta ao pedido formulado pelo governo, através do Ministério da Justiça, Administração Pública e Direitos Humanos, à favor dos Serviços Prisionais e de Reinserção Social (SPRS),tendo como objectivo, apoiar a instituição a desenvolver uma atividade intensiva de produção agrícola, capaz de assegurar a alimentação da sua população prisional, em tempo de crise e vender o remanescente no mercado interno, contribuindo dessa forma para suprir outras necessidades internas da instituição. Tratou-se de um programa produtivo e educativo, com foco no domínio da agricultura, horticultura, da segurança alimentar e nutricional e de práticas alimentares saudáveis, visando promover a fome zero em São Tomé e Príncipe (STP), sobreetudo no actual contexto da Covid-19.
No âmbito desse programa, a FAO forneceu aos Serviços prisionais e de reinserção social, os insumos necessários para a produção agrícola (materiais e utensílios agrícolas, sementes e materiais vegetais, produtos fitossanitários e biológicos para controlo de pragas e de doenças), a assistência técnica de dois quadros do Ministério da Agricultura, bem como a logística necessária para assegurar a implementação das actividades de produção, num período de três meses, em dois centros de produção agrícola pertencentes ao SPRS.
A iniciativa também teve uma componente de produção de programas televisivos e radiofônicos, em que foram editados e difundidos oito episódios, centrados na sensibilização para práticas de produção agrícola e no domínio da nutrição, utilizando um espaço concedido pelo Centro de Aperfeiçoamento Técnico Agro-Pecuário (CATAP) como parcela experimental de produção, que serviu como pivot para produção dos referidos programas.
Passados quase três (3) meses após o início da intervenção, os resultados são promissores. Já se começou a colheita de alguns produtos nas parcelas objecto de interveção, como, o nabo, couve, cenoura, produtos horticolas tradicionais e locais, etc. Na parcela experimental de CATAP, foram colhidos alguma quantidade produtos, tais como, a couve, folhas de “gimbôa” e folhas de “mussûa”, que foram oferecidos à um lar de idosos.